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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014









Para alguns casais, chega um tempo em que parece que algo está faltando, a casa se torna vazia, chega o momento de encomendar os filhos, mas nem todo mundo consegue encomendar naturalmente e depois de várias tentativas frustradas e uma avaliação médica negativa, alguns casais optam pela adoção.

Mas não são apenas os casais, pessoas solteiras também podem adotar um filho, essa sensação de casa vazia pode bater em qualquer um, até mesmo casais que já criaram filhos e de repente sentem que falta alguém para a família estar completa.

Ninguém nasce mãe ou pai, é difícil se adaptar e ao mesmo tempo, parece algo natural, e isso também acontece quando se adota um filho, é como se nos tornássemos mães e pais instantaneamente, assim como no nascimento, de repente a criança está lá.

Muitas pessoas têm preconceitos com relação à adoção, mas acredito que todos somos pais adotivos, afinal de contas, “ninguém é de ninguém”, tudo é passageiro e os filhos biológicos têm nossos traços genéticos, mas carregam também nossos traços de personalidade, nossos exemplos, nossas manias e imperfeições e tudo isso se dá com o convívio.

Um filho adotivo é um filho escolhido e gerado, porque geramos o amor que queremos dar a esta criança, ele é fecundado em nossos corações e vai crescendo, se tornando forte até chegar o momento em que ele nasce para o mundo no momento da adoção, quando a criança vai conosco para casa.

Tem vários casais que veem na adoção o ultimo recurso, mas descobrem que foi a melhor escolha, porque um filho, seja ele adotivo ou biológico, nos torna pessoas melhores, são eles que nos ensinam mais, nos ensinam a amar sem pedir nada em troca, ou quase nada, a cuidar apenas pelo prazer de estar ali cuidando.

Quando era criança, tive uma professora que sempre dizia que éramos como filhos para ela, foi a melhor professora que tive, creio que pelo fato dela realmente nos tratar com o carinho de mãe. Lembro-me de ficar pensando que esta era a melhor profissão do mundo.

Conforme fui crescendo, descobri que nem todas as professoras são assim, mas percebi que o mundo está cheio de pais adotivos que nem sabem que são.

Na minha adolescência trabalhei com um senhor, encadernávamos livros, eu auxiliava, adorava passar à tarde com ele, embora a maioria das pessoas visse aquele senhor como um velho turrão, eu gostava de ficar conversando com ele, ele falava sobre livros, os quais depois eu procurava para ler ou ele me emprestava, contava histórias e sempre riamos, aprendi muito com ele, ele me adotou como filha ou neta, mas sem contratos, conversávamos, riamos e o tempo passou, cresci e segui minha vida, como um filho, mas infelizmente não nos vimos mais.



Mas a adoção de uma criança vai mais além que estes encontros do destino com uma professora ou um amigo, é uma responsabilidade imensa, a qual muitos pais biológicos não possuem, vemos várias crianças jogadas nas pelas ruas, sofrendo maus tratos, passando fome, outras abandonadas a própria sorte em um mundo onde as diferenças sociais são gritantes.

Adotar é uma atitude de amor e caridade, onde podemos dar amor a um ser que está esperando por esse amor e receber em troca o mesmo sentimento, alegrando nossos dias.
Não posso afirmar que é fácil, mas ser pai ou mãe não é fácil mesmo, é um trabalho eterno, sem expediente programado, com muitas horas extras, mas é o melhor trabalho do mundo.

Além da difícil decisão de adotar, depois da decisão tomada, ainda tem toda a burocracia que envolvem este ato, no Brasil o processo é descrito de forma bem fácil, até parece ser dinâmico, mas infelizmente muitas pessoas passam muito tempo esperando a chegada de suas crianças. Além da demora no processo legal e das falhas nas leis, as quais muitas vezes permitem que os pais biológicos retomem a guarda dos filhos, existe o preconceito em cima da escolha da criança, muitos casais querem bebês recém nascidos e de cor clara. O deixa várias crianças com idade de 2 anos ou mais, a espera de pais adotivos em abrigos e lares provisórios.



De qualquer forma, escrevi sobre essa opinião muito pessoal sobre a adoção porque tenho presenciado diálogos controversos sobre o assunto, como mencionei anteriormente, algumas pessoas têm preconceito sobre a adoção, como se um papel pudesse tornar alguém pai ou mãe de uma criança, na verdade o que nos torna pai ou mãe, não são nem mesmo os laços sanguíneos, são os laços de amor e carinho.

Procurei no dicionário o significado para a palavra adoção e encontrei: 

v.t. Tomar, escolher, preferir, seguir: adotou a opinião do adversário.
Direito Admitir legalmente como filho ou filha.

Acho que o significado dessa palavra vai muito mais além que isso, mas não adianta descrever sentimentos e ideologias, cada pessoa assume um significado das coisas para si mesmo, então este texto é apenas uma reflexão sobre o assunto, encontrei diversos sites que falam sobre a adoção no Brasil, inclusive sobre as leis brasileiras sobre o assunto, selecionei os que achei melhores:


Esses sites apresentam vários filmes e desenhos sobre o assunto
 




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